A cada quatro anos, o halving do Bitcoin é um dos eventos mais aguardados do mercado cripto, e não é à toa: ele altera a dinâmica de oferta da maior criptomoeda do mundo, pois reduz sua mineração pela metade, e costuma marcar o início de grandes ciclos de valorização.
Ainda faltam mais de 900 dias até o próximo halving, previsto para a abril de 2028 (confira aqui a contagem regressiva em tempo real). Embora distante, analistas, traders e investidores de longo prazo já se perguntam: o que esperar dessa vez?
O Bitcoin tem um estoque limitado de 21 milhões de tokens a serem emitidos até 2140, contudo 95% desse fornecimento já está em circulação.

🔎 O que é o Halving do Bitcoin?
O halving acontece aproximadamente a cada 4 anos, quando a recompensa por bloco minerado é reduzida pela metade. Isso significa que a emissão de novos bitcoins diminui, tornando o ativo mais escasso ao longo do tempo.
- No primeiro halving (2012), a recompensa caiu de 50 para 25 BTC.
- No segundo halving (2016), de 25 para 12,5 BTC.
- No terceiro halving (2020), de 12,5 para 6,25 BTC.
- No quarto halving (2024), de 6,25 para 3,125 BTC.
- Já em 2028, a recompensa cairá de 3,125 para apenas 1,5625 BTC por bloco.
Essa redução progressiva continua até que todos os 21 milhões de Bitcoins sejam minerados, o que deve ocorrer por volta de 2140.
📈 O impacto histórico nos preços
Historicamente, cada halving foi seguido por uma alta expressiva no preço do ativo:
- Após o halving de 2012, o BTC saiu de cerca de US$ 12 para mais de US$ 1.000 em um ano.
- Depois do halving de 2016, o preço saltou de US$ 650 para quase US$ 20.000 em 2017.
- No penúltimo halving, em 2020, o Bitcoin estava em torno de US$ 8.500 e chegou a bater o recorde de US$ 69.000 em 2021.
- Já no último halving de abril de 2024, o preço estava perto dos US$ 64.000 e mais de um ano depois alcançou o novo ATH (All Time High) de US$ 124.000.
Claro, passado não garante futuro, mas a história rima. A lógica de escassez crescente, somada a uma demanda estável ou crescente, costuma impulsionar os preços ao longo do tempo.
⚡ O que esperar para 2028?
Alguns pontos importantes para o próximo halving:
- Oferta ainda mais limitada
– Apenas 1,5625 BTC por bloco minerado. Isso significa que a entrada de novos BTC no mercado será cada vez menor. - Demanda institucional
– Lançados nos EUA em janeiro de 2024, os ETFs (fundos de investimentos listados em bolsa) de Bitcoin vêm crescendo de forma exponencial e já movimentam bilhões de dólares, tornando o ativo mais acessível para investidores tradicionais. Essa pressão pode amplificar os efeitos da escassez, gerando um choque de oferta. - Concorrência de outras criptos
– Diferente dos halvings anteriores, hoje temos blockchains fortes como Ethereum, Solana e protocolos de tokenização. O Bitcoin segue como reserva de valor, mas disputa atenção com outros casos de uso. - Macroeconomia global
– Taxa de juros nos EUA, inflação e cenário econômico global terão grande peso. O halving sozinho não garante alta no preço se o mercado mundial estiver em crise. O Bitcoin já se provou ao longo do tempo em meio a colapsos bancários, guerras e até pandemia. Analistas apontam que o preço do BTC poderá superar os US$ 430 mil por unidade até o halving de 2028, caso os padrões gráficos dos últimos ciclos se repitam.
🛡️ Riscos e cuidados para investidores
Embora o halving seja um evento positivo no longo prazo, há riscos a considerar:
- Correções violentas: em todos os ciclos, antes da grande alta, o BTC passou por quedas bruscas, acima de 30%.
- Excesso de otimismo: narrativas exageradas podem atrair investidores despreparados que compram no topo.
- Competição tecnológica: enquanto o Bitcoin se mantém simples, outras redes podem roubar capital de especulação.
O ideal é investir com disciplina, diversificar a carteira, ter visão de longo prazo e não apostar mais do que se pode perder.
✅ Conclusão
Embora distante, o halving de 2028 tende a ser um impulsionador para o investidor e holder de Bitcoin no longo prazo, beneficiando quem pensa em estratégias e compras periódicas desde já.
A história mostra que a escassez programada do BTC a cada quatro anos impacta positivamente o preço, mas também gera períodos de volatilidade. Se, de um lado, há a redução da oferta como catalisador, de outro há incertezas macroeconômicas e competição entre criptos.
Para o investidor, a melhor estratégia é paciência, estudo e disciplina. O halving pode ser a faísca para o próximo grande ciclo de valorização. Contudo, só quem entende os riscos e se prepara poderá aproveitar as oportunidades sem ser pego de surpresa.
Aproveite o tema e leia também —> Aprenda a lógica do ‘halving’ do bitcoin
